Preconceito e estigma contra mulheres sem filhos

O número de mulheres que escolhe não procriar tem aumentado nas últimas décadas. Dizem delas que são egoístas, vazias e incompletas e, jocosamente, vislumbram-nas na velhice como a “louca dos gatos”, que é uma forma de dizer que amam mais os bichos que os humanos.

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O problema da procriação em Freud.

O ato de procriar nos animais que têm seu comportamento sexual definido unicamente pelo instinto não é um problema moral. O que significa dizer que ele está fora do âmbito da escolha.

Mas o mesmo não acontece com os seres humanos, em que o ato de procriar inscreve-se – ou pelo menos deveria inscrever-se –  na problemática moral da escolha. Porque verdadeiramente desejo dar a vida a alguém é uma questão com à qual o ser humano minimamente inscrito na cultura deveria se debater em algum momento de sua vida.

Nesse sentido, será meu propósito neste texto, resgatar o que Freud postula a respeito do ato procriador nos seres humanos, a partir de suas reflexões no texto “Sobre o narcisismo: uma introdução” e mostrar como aquilo que ele coloca lá, e que está implicado no ato procriador, costuma estar radicalmente recalcado no âmbito da cultura.

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