Foi por acaso que cheguei ao livro “A Descoberta do Inconsciente: história e evolução da psiquiatria dinâmica”, publicado em 1970 pelo psiquiatra e historiador franco-canadense Henri Frédéric Ellenberger. E eis que me deparo com uma obra monumental e de inestimável envergadura na minha área.
Ler as quase mil páginas de “A Descoberta do Inconsciente” expandiu muitas coisas em mim.
Continuar lendo Uma leitura obrigatória para todo psicoterapeuta em alguma fase da vida

Em Felicidade Conjugal, de Liev Tolstói, encontramos um estudo profundo sobre a melancolia e o tédio, que pode ocorrer em qualquer fase da vida, embora costume se agravar com a chegada da meia idade.
*Aula proferida para os alunos do curso de Ciências Farmacêuticas da USP-Ribeirão Preto (FCFRP) em 24 de setembro de 2024
A vida tem uma necessidade férrea por existir e impõe duras provas ao corpo que a hospeda. 

Numa das primeiras cenas do filme, a luz do farol que ilumina o apartamento remete à iluminação de verdades que se preferiria manter no escuro, por seu caráter demasiado perturbador.
Para Freud (1930), não há civilização sem justiça social, sendo aquela compreendida como o conjunto de sanções que a protege contra a ganância e voracidade do indivíduo.
Se de um lado a psicanálise de Freud viabilizou a expressão do mal-estar do sujeito com seu sexo, de outro não escapou de reproduzir, em forma de teoria, o sexismo vigente (Dio Bleichmar, 1988).